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 Sessão de Abertura


Discurso do Reitor da UFMS
Marcelo Augusto Santos Turine
 
 

Boa Noite.

É com muita humildade e gratidão que agradeço a todos os professores, técnicos, estudantes dos diferentes níveis de ensino, colaboradores de instituições públicas e privadas, gestores, MEC, MCTIC, meus amigos reitores de instituições de ensino federais, estaduais e privadas, reitores da Rede Zicosur da Argentina, Bolívia, Paraguai e Chile e a toda imprensa, que acreditaram neste nosso sonho de mobilização em prol da Educação, Ciência, Tecnologia e Inovação no nosso pujante e querido Mato Grosso do Sul e Brasil.

Sozinhos somos nada. Nenhum de nós é tão bom quanto nós juntos. O sucesso desta 71a reunião da SBPC, deve-se sobretudo ao espírito público e altruísta das pessoas e das instituições que nos apoiaram !!!!! Muito Obrigado a todos os parceiros e colaboradores.

De forma MUITO especial agradeço e parabenizo as duas mulheres que estão liderando a  missão de coordenação deste evento – minha vice reitora Profa. Dra. Camila itavo e a Profa. Da Facom Luciana Montera e toda sua equipe.

COMO REITOR DA NOSSA UFMS, PRECISO CLARAMENTE E MUITO PAUSADAMENTE MENCIONAR AS PARCERIAS E O APOIO INSTITUCIONAL DESTA FEIRA, POIS PRECISAMOS DE TODOS ESTES PARCEIROS DIARIAMENTE PARA O FORTALECIMENTO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR EM MATO GROSSO DO SUL E NO BRASIL:

GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL
PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE

INSTITUTO FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL
UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MATO GROSSO DO SUL
UNIVERSIDADE CATÓLICA DOM BOSCO
UNIDERP
UNIGRAN
GOVERNO FEDERAL - MINISTERIO DA CIENCIA, TECNOLOGIA, INOVAÇÕES E COMUNICAÇÕES.
GOVERNO FEDERAL - MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
CAPES
CNPq
FINEP
SISTEMA FIEMS – FEDERAÇÃO DAS INDUSTRIAS DE MATO GROSSO DO SUL – SESI, SENAI E IEL
SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS MICROS E PEQUENAS EMPRESAS - APOIADOR DE PROJETO INSTITUCIONAL PARA REALIZAÇÃO DA SBPC 2019.
SISTEMA FAMASUL- FEDERAÇÃO DA AGRICULTUA E PECUÁRIA DE MATO GROSSO DO SUL - SENAR - Serviço Nacional de Aprendizagem Rural 
SISTEMA FECOMÉRCIO – FEDERAÇÃO DO COMERCIO DE MATO GROSSO DO SUL – SESC,  SENAC E IPF – INSTITUTO DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO.
FAEMS – FEDERAÇÃO DAS ASSOCIAÇÕES EMPRESARIAIS DE MATO GROSSO DO SUL
FAPEC – FUNDAÇÃO DE APOIO A PESQUISA, AO ENSINO E À CULTURA.
FUNDECT - Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul.
EMBRAPA.
FIOCRUZ – FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ
ENERGISA
CONSORCIO GUAICURUS
INSTITUTO ARARA AZUL
SICREDI - SISTEMA DE CRÉDITO COOPERATIVO 
SISTEMA OCB/MS - Organização das Cooperativas Brasileiras.
SANESUL
COMANDO MILITAR DO OESTE
ALA 5 – CAMPO GRANDE – FORÇA AÉREA BRASILEIRA

Em especial, quero destacar meu muito obrigado a toda a Diretoria da SBPC, em nome do nosso presidente Ildeu, que acreditou na proposta elaborada pela UFMS e apresentada por mim, Nalvo Franco, Jardel Matos, Ruy Caldas e Ivo Leite, em julho de 2017, em Belo Horizonte, MG.

Assim, nosso sonho está se realizando hoje, dia 21 de julho de 2019. Um dia histórico para a UFMS, para todas nossas co-irmãs públicas e privadas, para Campo Grande e para Mato Grosso do Sul. Pela primeira vez em 70 anos, o maior evento de divulgação científica da América Latina e o 3o maior do mundo chega na nossa capital morena Campo Grande e em Mato Grosso do Sul. Um ato de coragem e de grandeza de todos nós. Abrimos hoje uma grande feira de ciências, pasmem, gratuita e de muita qualidade.

Nesta semana, em especial, somos vitrines do Brasil que dá certo. É a UFMS apresentando a criatividade e as entregas de nossos jovens talentos, do conhecimento e da inovação para a sociedade sul-mato-grossense e para o Brasil. Somos humildes, éticos e temos uma gestão e governança diferencial no Brasil. Em 2018, a UFMS foi líder entre as instituições federais de ensino no ranking no combate a fraudes e corrupção. Agora, vamos bater o recorde de participação de pessoas na SBPC nestes 70 anos até o dia 27 de julho de 2019. Já temos mais de 15 mil inscrições e com a presença de nossas crianças das escolas das secretarias de educação dos 79 municípios, alcançaremos rapidamente as 20 mil pessoas. Viva Campo Grande e Mato Grosso do Sul!

A UFMS completou em 05 de julho de 2019, 40 anos de federalização – somos um patrimônio para Mato Grosso do Sul e para o Brasil. Em 1979, tínhamos 2.971 estudantes, hoje temos aproximadamente 24 mil estudantes matriculados em 116 cursos de graduação, 67 cursos de mestrado e doutorado, além das residências médicas, multiprofissionais e cursos de especialização distribuídos na Cidade Universitária em Campo Grande, e em mais 9 Campus nos municípios de Corumbá, Ponta Porã, Navirai, Nova Andradina, Coxim, Paranaíba, Chapadão do Sul, Aquidauana e Três Lagoas.

Somos uma universidade jovem, nosso primeiro doutorado iniciou em 2004, há 15 anos, e contamos com uma equipe de professores e técnicos de alta qualidade e com enorme potencial de crescimento. Em 1979, tínhamos uma força de trabalho de 1.166 profissionais, sendo 679 técnicos e 487 professores. Hoje temos um time de 3.387, sendo 1.940 técnicos-administrativos e 1.447 professores, um crescimento de aproximadamente 290% na força de trabalho comparado a 800% no número de estudantes, o que mostra racionalidade no uso de recursos públicos.
O perfil dos nossos estudantes mudou muito no decorrer de 40 anos. Na UFMS, 75% dos nossos estudantes têm renda per capita até 1 salário mínimo e  meio. A garantia de investimento público na Educação Superior aliada a captação de recursos privados é fundamental para manter uma universidade pública, gratuita, inclusiva e de qualidade.

O ensino, pesquisa, extensão, empreendedorismo e inovação são marcos estratégicos para a promoção de uma sociedade justa, solidária e dinâmica na geração de oportunidades de emprego e de riqueza.
Defendo que a Ciência é bonita e vale a pena!  Deixou de ser uma preocupação exclusiva dos cientistas para tornar-se uma ferramenta estratégica de competitividade do Estado Brasileiro. Na Sociedade do Conhecimento, onde a hegemonia política e econômica quase sempre é proporcional ao grau de independência científica e tecnológica, essa relação mostra-se ainda mais imprescindível. A ciência busca construir para todos os cidadãos um ambiente de oportunidade sem qualquer tipo de discriminação, para garantir todos os direitos, como à saúde, à segurança, à preservação ambiental,  ao desenvolvimento.

Os países social e economicamente desenvolvidos colocam no centro das suas grandes decisões a ciência, a tecnologia e a inovação como fatores críticos e determinantes. Nos períodos de crises econômicas, devemos ser criativos, desburocratizar cada dia mais o processo investigativo e cientifico, e promover novas formas de buscar investimentos públicos e privados, dando mais autonomia para nossas Universidades.

Na história do Brasil, a preocupação com o desenvolvimento e ciência é antiga.  A criação da SBPC, em 1948, estimulou iniciativas em nível de governo federal, como a criação do Nacional de Desenvolvimento Científico (CNPq, 1951), sob a liderança do Almirante Álvaro Alberto, e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes, 1951), por iniciativa liderada pelo saudoso professor Anísio Teixeira. Em 24 de Julho de 1967 criou-se a FINEP - Financiadora de Estudos e Projetos, sob a liderança do visionário professor Pelúzio. Enfim, nesta época, além do atraso científico o país não tinha políticas públicas vinculantes para a geração de conhecimento com o desenvolvimento industrial.

Antevejo que a realização da 71a Reunião Anual da SBPC na UFMS, Campo Grande e Mato Grosso do Sul será um agente catalizador de profundas transformações nas estruturas de marcos legais, de políticas públicas de apoio e de execução das atividades de pesquisa, desenvolvimento, inovação e internacionalização.
Novas políticas para pós-graduação stricto sensu estão sendo iluminadas pela CAPES a fim de formar profissionais cada dia mais qualificados e em menor tempo.
Novas mudanças e transformações de políticas públicas estão surgindo no MEC, MCTIC CNPq, Finep, Embrapii dentre outros órgãos.

Vejo neste cenário de muitas transformações, que o  respeito as nossas instituições, bens públicos, deve ser o norte do desenvolvimento, com base na esperança, trabalho, otimismo, cooperação, foco na sociedade, e na juventude, rumo ao desenvolvimento sustentável do Estado. O Brasil deve colocar a ciência, tecnologia e inovação como oportunidade e caminho para o desenvolvimento nacional.

Na sociedade atual os desafios são bem mais complexos face à velocidade das mudanças nas relações entre pessoas, entre nações, nas múltiplas formas de transações comerciais, num cenário de alta competitividade entre as economias, além do intenso volume de dados disponíveis nas nuvens e redes sociais. A compreensão e as ações efetivas deste novo mundo em que vivemos dependem fundamentalmente das decisões de políticas públicas relacionadas à educação, ciência, tecnologia e inovação.

As políticas públicas no Brasil criaram ao longo da nossa história recente mecanismos inibitórios na relação pública-privada. O atual marco regulatório, neste campo, não dá conta de estimular efetivamente a inserção dos ativos nacionais de pesquisa e inovação na promoção do desenvolvimento social e econômico do país. Somos grandes exportadores de commodities e compradores de bens de alto valor agregado, assim como de tecnologias embarcadas em uma grande gama de produtos e serviços. Todos os pesquisadores aqui presentes vivenciam cotidianamente a batalha com o sistema de controle do Estado brasileiro, onde se privilegia o controle burocrático das contas, e não do objetivo maior: a entrega de produtos para o avanço da ciência e o desenvolvimento social e econômico do país. Os postos de trabalho de alto valor estão nos países provedores de tecnologias e dos produtos derivados. Temos que mudar essa realidade.

As presenças do Ministro Julio Semeghini do MCTIC muito obrigado pelo novo produto na SBPC - Avenida da Ciência – Mundo MCTIC ficou encantador, presença do Secretário Arnaldo da Sesu/MEC, Governador do Estado, prefeito de Campo Grande Presidentes das Fundações Estudais de Amparo a Pesquisa, Presidentes da Finep, da Capes, do CNPq, e de todas as demais autoridades e parceiros, bem como do público que abrilhantou a abertura desta reunião da SBPC muito nos engrandece e sobretudo nos estimula a fazer uma reflexão nesta semana da SBPC.
Os grandes avanços sociais e econômicos só se realizam a partir da união de grandes sonhos e da capacidade de realização das pessoas e das instituições, como diria o saudoso Almirante Álvaro Alberto, criador e primeiro presidente do CNPq:

 “Se apenas com idealismo nada se consegue de prático, sem esta FORÇA PROPULSORA é impossível realizar algo de grande”

O grande sonho que devemos alimentar a nossa alma é a construção urgente de um Marco Legal que tire as universidades, as instituições de ensino e pesquisa e os pesquisadores da algema da atual legislação que incapacita a execução eficaz e efetiva na utilização dos recursos públicos e privados. Não há como o Brasil ser um país competitivo no cenário internacional com o atual ambiente regulatório e constantes contingenciamentos orçamentários imprevistos. É preciso conceber grandes Projetos Mobilizadores Nacionais com foco em objetivos bem definidos.

Neste contexto, o tema deste evento, Ciência e Inovação nas Fronteiras da Bioeconomia, da Diversidade e do Desenvolvimento Social, proposto pela equipe da UFMS e aprovada pela Diretoria da SBPC, está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e centra na proposta de Bioeconomia com base nas oportunidades e desafios que o país enfrenta nas diferentes vertentes: produção de alimento, de energia renovável, uso do potencial da biodiversidade, saúde humana e animal e manutenção de ecossistemas sustentáveis, além das incertezas do aquecimento global. Foi uma grande felicidade quando também nosso tema inspirou o tema da 16ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, que vai ocorrer de 21 a 27 de outubro de 2019, “Bioeconomia: Diversidade e Riqueza para o Desenvolvimento Sustentável”.

A pesquisa inclusiva deve sim preocupar-se com as pessoas e comunidades menos favorecidas. No Mato Grosso do Sul temos grandes desafios nos campos da educação, da pesquisa e inovação inseridas nos desafios das comunidades indígenas e tradicionais, rumo ao desenvolvimento sustentável em seus pilares ambiental, social e econômico. A UFMS será sempre parceira no enfrentamento destes desafios, pois somente assim poderemos alcançar o desenvolvimento nacional e regional.

Apesar da crise orçamentária que temos vivido estamos prontos para colaborar com todas as iniciativas públicas e privadas para avançarmos nos grandes projetos de promoção do ser humano promovendo o bem estar de todas as pessoas de MS. Estou confiante de que uma ação pautada em diálogo, será exitosa para demonstrar que os recursos destinados a Educação Superior e CT&I são investimentos na construção de um estado e de uma nação competitiva e desenvolvida.

Pom fim, Muito Obrigado a todos os parceiros e colaboradores. Sucesso aos participantes durante essa semana. Curtam esta grande Feira de Ciências. Curtam a SBPC.  Somos ciência. Somos Juventude. Somos Desenvolvimento. Somos UFMS.



 
 
 
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